Enfermeiros da rede estadual ameaçam parar por falta de materiais de proteção contra coronavírus
- Evandro Lins
- 18 de mar. de 2020
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Enfermeiros de hospitais vinculados ao governo de Pernambuco prometem paralisar as atividades na próxima segunda-feira (23). Além da campanha por reajuste salarial, a categoria denuncia que o estado não está disponibilizando para os profissionais, máscaras, luvas, álcool em gel e sabão nas unidades médicas – coisas que garantem a integridade do trabalho, especialmente no atual cenário de infecções pelo novo coronavírus. Ainda, alegam que o Hospital Correia Picanço (referência para tratamento de infecções) está sem ar-condicionado, chegando a ter ventiladores instalados em UTIs.
O movimento é organizado pelo Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Pernambuco (SEEPE). A presidente da entidade, Ludmila Outtes, explica que a legislação vigente impede trabalho em condições insalubres/perigosas. “O coronavírus chegou a Pernambuco e a Organização Mundial da Saúde (OMS) orienta o uso de equipamentos de proteção individual (EPI) e lavagem de mãos. E o que tem acontecido nos principais hospitais estaduais é a falta desses materiais”, afirma.
Além da melhoria nas condições, a classe reinvindica reposição salarial – alega que houve perda de 76,5% nos últimos 15 anos, sem reajustes -; incorporação de gratificação ao salário, como concedido a médicos; pagamento de insalubridade e adicional noturno; e redução na jornada de trabalho para 24h.
Da Rádio Cultura do Nordeste
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