Bebê torturado por mãe e namorada tinha marcas de bituca de cigarro, aponta laudo
- Evandro Lins
- 14 de set. de 2023
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O bebê de 10 meses que foi torturado pela própria mãe e a companheira dela chegou a ser agredido com bitucas de cigarro e deu entrada em hospital, na última terça-feira (12), com diversos hematomas pelo corpo. Ele foi atendido em um hospital no Recife ao menos três vezes, segundo a conselheira tutelar de Olinda Cláudia Moura, que recebeu o caso. Em um desses atendimentos, quando tinha apenas dois meses de vida, no final de janeiro deste ano, o recém-nascido estava com um dos braços fraturado.
A mãe e a companheira foram presas após serem autuadas pelos crimes de maus-tratos por violência doméstica/familiar, lesão corporal por violência doméstica/familiar e tortura. A Polícia Civil afirmou que uma das mulheres disse apenas ter "dado tapas leves" no bebê.
O menino foi inicialmente socorrido, na terça-feira, para o Serviço de Pronto-Atendimento (SPA) de Peixinhos, em Olinda. O Conselho Tutelar de Olinda recebeu informações sobre a situação do bebê e foi acionado pela equipe do serviço hospitalar.
De acordo com Cláudia Moura, a equipe de atendimento estranhou os relatos da mãe sobre o que teria acontecido com o bebê e acionou a polícia. Por causa da gravidade dos ferimentos, o bebê precisou ser socorrido para um hospital no Recife.
Encaminhadas a presídio
As duas mulheres, de 36 anos, foram encaminhadas, na quarta-feira (13), à audiência de custódia. De acordo com a assessoria de comunicação social do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), elas tiveram suas prisões em flagrantes convertidas em prisões preventivas.
As duas mulheres foram encaminhadas à Colônia Penal Feminina do Recife (CPFR), no bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife. Elas seguem à disposição da Justiça estadual.
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