
O Senado aprovou na noite desta terça-feira (19), por 75 votos a 1, o adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) por tempo indeterminado devido à pandemia do novo coronavírus. O tema ainda precisa passar pela Câmara.
Dos 76 votos registrados, o único contrário ao adiamento do exame foi o do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Pelo calendário inicial do Ministério da Educação, as inscrições para a prova iriam até a próxima sexta-feira (22) e os exames seriam realizados em dois finais de semana de novembro, na versão tradicional nos dias 1 e 8, e digitalmente nos dias 22 e 29.
A prova online seria uma forma de auxiliar alunos em meio a pandemia, mas sua aplicação foi criticada por englobar apenas 100 mil estudantes e em datas que coincidem com dois dos maiores vestibulares do país, o da Universidade de Campinas (Unicamp) e a Fuvest, que aprova alunos para a Universidade de São Paulo (USP).
No último boletim divulgado para a imprensa, na segunda-feira (18), o Inep informou que 3.548.099 alunos haviam efetuado a inscrição, número superior em relação ao mesmo período de 2019, quando haviam 3.506.173 inscritos.
O projeto de lei 1.277/2020, que adiou o Enem deste ano sem previsão para uma nova data, é de autoria da senadora Daniella Ribeiro (PP-PB), e suspende a aplicação do Enem em casos de calamidade pública.
Mais cedo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que não iria esperar o governo tomar uma decisão sobre o tema e que pautaria o tema na Casa logo na sequência da votação no Senado.
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